"Quando a natureza Sussurra os Ciclos guiam nossa Alma"
- Sandra Person

- há 6 dias
- 3 min de leitura

Olá, querida alma sensível!
Hoje trago para vocês uma analogia entre os ciclos da natureza e a maneira como nossos próprios ciclos internos moldam nossas emoções, nossas fases de vida e a magia silenciosa que pulsa dentro de cada um de nós.
Há quem diga que a natureza é apenas cenário, mas aqueles que caminhavam com os pés descalços sobre a terra sabiam a verdade: a natureza é um espelho da alma humana. Cada estação, cada lua, cada sopro de vento carrega um segredo, um lembrete suave de que tudo no universo se move em ciclos — e nós também.
A primavera sempre chega primeiro, anunciando renascimentos. Ela traz o perfume dos sonhos que despertam, das ideias que começam a brotar silenciosamente dentro do peito. Assim como as flores empurram a terra para encontrar a luz, os seres humanos também sentem, às vezes sem perceber, o chamado para recomeçar. É quando o coração, depois de invernos profundos, decide abrir suas pétalas outra vez.
O verão vem logo depois, vibrante, quente, cheio de vida. É a época em que as pessoas sentiam o sangue correr mais rápido, o riso mais fácil, a coragem mais presente. A alma parece expandir como o sol no céu — intensa, luminosa, cheia de energia para agir, criar, transformar.
Mas então, silencioso e sábio, chega o outono. Ele ensina sobre maturidade e desapego. Assim como as árvores soltam suas folhas, cada pessoa também é convidada a liberar o que já cumpriu seu papel: antigas dores, crenças que pesam, caminhos que não servem mais. O outono sempre lembra que deixar ir também é um ato de amor.
E quando o inverno finalmente se instala, cobrindo o mundo com silêncio, o ser humano é chamado para dentro. Não para se esconder, mas para se acolher. É no escuro da terra que as sementes ganham força. É no recolhimento da alma que a sabedoria germina.
A Lua, eterna guardiã dos mistérios, fazia sua própria dança no céu, lembrando que dentro de cada pessoa também existem fases que crescem, transbordam e minguam. A Lua Nova trazia o sopro dos começos; a Crescente, o impulso de avançar; a Cheia, a abundância das emoções; e a Minguante, o descanso necessário para liberar o que sobrou. Quem caminha sob sua luz sabia a alma pulsa no mesmo ritmo da Lua.
O Tarô, com seus símbolos ancestrais, narrava a jornada humana como um grande mapa espiritual. Em cada carta havia um reflexo da vida. Assim como o Louco inicia a grande aventura, todos nós caminhamos por arquétipos que representam estados de alma. A Imperatriz traz a criatividade, a nutrição e a fertilidade. Já a Força nos remete à uma coragem interior, mas suave é o domar o próprio interior. A Torre são as rupturas necessárias que precisamos para prosseguir nossa caminhada e a Estrela é a Fé renovada e a esperança pura.
Tudo nos lembra que cada fase tem um proposito. Nada é desperdício e tudo faz parte da nossa evolução.
Dentro de cada mulher, e até dentro do princípio feminino existente em todos os seres, pulsam três forças o impulso da Donzela, a força criadora da Mãe, a sabedoria profunda da Anciã. Essas três faces presentes em todas as pessoas, de todas as idades se alternavam como as estações, guiando decisões, emoções e transformações internas ao longo da vida.
Tudo está conectado... o vento que muda, a Lua que se move, as folhas que caem, as emoções que surgem e desaparece. Nada era por acaso.
Há uma magia profunda em simplesmente observar. Porque quando o ser humano finalmente entende que ele próprio é natureza, algo sagrado acontece. Os medos diminuem, as expectativas se suavizam a vida começa a fluir com mais verdade.
E aprendemos que não precisamos florescer o tempo todo, não somos obrigados a estar sempre cheios de energia, não há erro em recolher-se, recomeçar, desapegar ou mudar de direção, todo em nossa existência é cíclico e todo o ciclo é sagrado
E assim, no compasso entre luz e sombra, cada pessoa encontra seu próprio caminho.
Viver alinhado com a natureza é lembrar que somos parte da teia mágica que sustenta o universo, uma obra viva, pulsante e sempre em transformação.
E quando honramos nossos próprios ritmos…A vida, enfim, começa a fluir como deveria: com propósito, beleza e encantamento.
E o aprendizado que deixo é:
✨ “Quando honramos nossos ciclos internos, deixamos de lutar contra a vida — e começamos a dançar com ela.” ✨
Que a natureza seja sempre sua guia, e que seus ciclos sejam sempre sua força. Gratidão!
🌙✨




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